Sinto como se eu estivesse me preparado a vida toda para isso, o momento final! Parece ser tão dramático aguardar a notícia de uma tragédia.
Difícil ser diferente quando se trata da junção de água e fogo, de anjo e demônio, de mártir e carrasco. Quando duas almas se fundem em uma só, o corte parece ser sempre uma questão de vida ou morte. Há uma dependência um do outro, a vítima não existe sem o agressor, da mesma forma como o agressor não existe sem a vítima. Assim, um precisa do outro pra existir. A quebra desse ciclo implica necessariamente na morte de um ou de outro, morte real ou simbólica, tanto faz, morte de qualquer forma.
A vida sempre tão trágica, se apresenta mais uma vez em forma de drama, agonizante, e por vezes até repulsivo de se assistir. Por quanto tempo ainda darei conta de permanecer expectadora desse longa metragem assustador?
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