A filosofia dos fortes-sábios

"Quero aprender a viver como você vive.", assim ela me dizia...
Não poderia limitá-la a ser como eu... levá-la a viver de um modo tão solitário. Não há limites para a essência de um ser, e assim, ela deveria me superar, como um discípulo que supera seu mestre, para assim se tornar um mestre também. Eu não poderia ensiná-la outra coisa que não SUPERAÇÃO. Superar seus limites, superar os obstáculos, superar a dor, ir além, além das próprias forças, além das próprios sonhos e perspectivas, superar a si mesma. Não se pode estacionar na vida e assisti-la passar. Não nos é permitido ficar nos lamentando pela dor que nos é causada. Atrasos de vida não nos são permitidos. Superação nada tem haver com fuga e esquiva. Fuga e esquiva são para os fracos. Enquanto os fracos fogem, os fortes encaram o que há por vir, mesmo desconhecendo o que a vida lhes reserva. Na filosofia dos fortes só existe um verbo que dá origem a todos os outros: SUPERAR, e a sabedoria é o caminho. Não se pode esquecer do lugar de onde veio. Pois não se pode negar o passado, mesmo desejando que ele nunca tivesse existido. O Eu do ontem constituiu o Eu do hoje, que constituirá o Eu do amanhã. A sabedoria provém da experiência. Não se vence uma batalha batendo em retirada, só se vence lutando! Porém para ser forte, precisar ser sábio, e o sábio reconhece o momento do qual precisar lutar e o momento do qual deve bater em retirada e desistir. É preciso ter coragem para desistir. Pois muitas vezes nos deparamos com batalhas perdidas. E na filosofia dos fortes-sábios insistir em uma batalha perdida não é morrer com honra, mas sim suicidar-se, e a honra dos fortes-sábios é se manter vivo. A ignorância de vez em quando é a melhor forma de revidar. E os fortes-sábios, sabem disso. 

 A.C.S.

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